POKÉMON DOOM - 01

14.8.13



Capítulo 01
DESCONTROLE

A manhã chegou a Vila Serena trazendo bons presságios para a colheita do trigo, que depois de tanto trabalho dos agricultores e Bulbassaurs finalmente surtiu efeito. Anos foram necessários para a correta semeada do solo e ainda mais necessária foi à ajuda de Squirtles e Vaporeons, que com seus jatos de água conseguiram suprir exatamente o necessário que essas plantas tão complicadas de serem plantadas neste solo necessitavam.
Geodudes e Machops estavam trabalhando essa manhã nos campos, auxiliando os agricultores com a colheita, retirando o trigo fresco do solo e colocando em carroças para o transporte. A felicidade estava estampada, tanto no semblante dos Pokémons como nos humanos. Esse prometia ser um ótimo dia, com fartura na mesa durante as refeições e um bom estoque de grãos para a vila, com o pôr do sol.
Durante boa parte da manhã os habitantes da Vila Serena realizam os preparativos para a chegada da colheita e de seus esforçados trabalhadores, mas um zunido agudo e estridente mostrava que algo estranho estaria para acontecer. Por toda a vila e nos campos, um zunido quase ensurdecedor ecoou nos ouvidos dos habitantes. Os moradores da vila observaram o céu incansavelmente, uma vez que este mostrava ondulações coloridas, disformes e estranhas nessa região e durante essa época do ano, sendo um momento único e muito bonito. Um evento de aurora boreal pode ser encontrado nos locais onde o gelo é mais abundante, mas numa região ensolarada e quente como aquela, era algo “impossível”.
Não demorou muito para serem identificados à fonte de toda a algazarra sonora. Uma nuvem de Zubats e Golbats se encaminhava em direção aos campos. Todos que trabalhavam na colheita pararam suas atividades e ficaram alertas, os Pokémons preparados para atacar e os humanos com suas enxadas, picaretas e pás, prontos para responder a qualquer investida. Um comportamento muito estranho para esses morcegos, saírem no horário matinal/vespertino era algo impensável para todos os habitantes, eles jamais os viram voar pela vila nesse horário, onde até o momento eles ficavam reservados as grandes copas das árvores e as úmidas cavernas próximo ao Rio da Vida para se proteger dos raios do sol ao qual pouco desejavam ser irradiados.
A nuvem que vinha se deslocando desde a Montanha Uivante não parecia querer atacar ninguém especificamente, mas esse pequeno alivio foi quebrando quando alguns trabalhadores baixaram a enxada e o sol refletiu sobre eles, transformando os Pokémons em famigerados algozes de todos que se encontravam no campo não tendo dúvidas e descendo de forma ameaçadora e voraz sob um frenético ataque a todos. Rochas foram lançadas, ondas sonoras causavam estragos por toda a terra, antes cultivada, agora destruída. Algumas carroças foram lançadas no ar e espatifavam-se no chão, ora sobre suas próprias cargas, ora sobre alguns Zubats e Golbats, e uma ou outra vez, quase que sobre os homens que tentavam atacar esses pedantes morcegos.
Durante quase uma hora, a batalha foi intensa e feroz. Muitos Pokémons, selvagens e que trabalhavam com os humanos foram feridos, e até alguns humanos mostravam escoriações, com três mostrando ferimentos mais graves. Alguns Zubats estavam abatidos sob o solo, mas a grande maioria,  sem qualquer tipo de aviso prévio, simplesmente pararam de atacar, fizeram um quê de desentendidos, e reagruparam, retornando para seus covis, deixando para trás toda a destruição "inexplicável" retornando ao seu habitat na Montanha Uivante.
Com a retirada dos Pokémons selvagens, foi-se então hora de calcular os danos, os feridos e as despesas que foram perdidas. Cinco carroças foram destruídas totalmente durante a batalha, com três tendo sua carga inutilizável novamente. Os primeiros socorros necessários foram aplicados, e Pokémons e humanos se apertaram nas carroças para retornarem a vila quando o dia estava quase anoitecendo, levando suas histórias e os ganhos, que já não seriam tão grandes como se havia pensado no começo do dia. O Pastor foi o primeiro a ser avisado, com os feridos sendo encaminhado para a cuidadora da cidade, que há muito tempo não teria tanto trabalho para realizar.

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