Capitulo 2 – Caos

20.8.13
            Mistralton apaga as luzes, esta na hora de descansar, apenas se ouvia alguns vôos noturnos que saiam até meia noite, depois deste horário, o aeroporto é fechado. Ultimamente as cidades estão em alerta, algumas tempestades fora de controle e nada esperado pelos meteorologistas, sendo assim, algumas pessoas resolveram se precaver.
            Uma luz ainda brilha em uma das casas de Mistralton, bem leve, escondida por entre uma pilha de livros e lá esta um garoto lendo sobre algumas espécies enquanto seu Litwick se aproxima mais da página para que suas linhas fiquem legíveis.
-Obrigado! - Diz o garoto acariciando seu pokemon – Vejamos aqui – Ele vira a folha – Aqui diz que você é um pokemon fantasma e que sua fraqueza é seu próprio tipo, isso não lhe parece fascinante?
            O pokemon olhava as páginas que mostrava alguns desenhos de uma Misdreavus e um Bannete.
            Um ruído começou a soar atrás da porta, ele correu para ouvir, encostou-se próximo silenciosamente e ouviu o barulho da televisão.
-Minha mãe esta vendo a liga pokemon – Ele sussurra enquanto Litwick se aproxima para ouvir também – É a luta do meu irmão, eu posso ouvir o som de seu Dragonite... - O garoto bufa indignado – Ela tem mais orgulho dele do que de mim...
            Litwick tenta consolá-lo ao ver que ele esta para chorar, resolve se ajeitar e deitar na cama, Litwick se aproxima de sua pokebola na cabeceira.
-Não, pode dormir ai hoje... Não me deixe sozinho! – Ele acaricia seu pokemon e descansa enquanto Litwick apaga sua luz.
            Um vento forte abriu a janela, um sopro gelado que faz o garoto se cobrir, mas o vento insiste e ele se levanta para fechar a janela. Litwick acorda e se aproxima da também, o garoto observa ao longe, nenhuma folha mexe, o vento vem direto em seu rosto, ele se enrola no cobertor, Litwick sobre em seu ombro e ele pula a janela seguindo o vento que não leva a lugar algum.
            Ele rodopia até dar de frente com um olhar sombrio na sua frente.
-Afaste-se – Ele pula para trás e Litwick, mesmo com medo, se prepara para lutar – Litwick, use o...
            O vento novamente, o pokemon era imenso, o pequeno Litwick não teria chance, mas ele não queria lutar, ele tentava se aproximar, mas ao ver que o menino se assustava ele recuava, parecia gostar do garoto ter medo e persistir em estar ali, sentia a coragem dele de saber que não pode vencer e mesmo assim estar ali.
-Meu... Meu nome é Adrian e você quem é?
            O imenso pokemon parecia estar esperando algo, Adrian deixou ele se aproximar e dar uma baforada gelada em seu rosto, ele parecia indicar algo.

-A minha pokebola? O que quer? Que eu capture você é isso?
            O pokemon pareceu concordar com a conclusão.
-Eu não sou bom em nada, procure meu irmão... - O garoto bufou, sentindo-se humilhado.
            O pokemon levantou sua pata mostrando um corte leve.
            O pequeno garoto se aproximou e tirou uma farpa, pelo porte do pokemon, aquilo nem devia incomodar tanto.
-Pronto, era só um ferimento leve, como se fosse uma pequena agulha, pode ir... - O pokemon baforou, ele não queria ir – Quer mesmo que eu o capture?
            O pokemon concordou novamente. Parecia que não tinha muito o que fazer, ele confiante pegou sua pokebola e lançou, a imensidão que se introduzia na pokebola era de assustar, a pokebola mexeu uma, duas, três vezes e apitou. Adrian ainda não acreditava que tinha pego um pokemon tão grande, assim tão fácil, e esta ali, nas mãos dele e de manhã ele iria finalmente saber o que fazer com ele.

*          *          *

            Um homem ajeitava as pranchetas com a pesquisa feita nas ruas de Cinnabar, as pessoas eram bem receptivas, devido aos turistas que normalmente frequentavam a ilha, não só pelo ginásio, mas pelas festividades e é claro, o passeio de barco que é proporcionado. Ele ajeitava tudo após uma noite exaustiva e se dirige para a sua casa, sobe um caminho de escadas e antes de chegar ao topo, entra por outro que chega em sua casa com uma bela vista para praia, abriu a porta e foi a cozinha.
            Não faz muito tempo que completou vinte e sete anos, ele se especializou em tipo fogo, por isso conseguiu trabalhar na ilha cinnabar, o estudo dos vulções ajuda bastante em relação à temperatura e como os pokemon se adaptam. Ele esta nesta pesquisa há um pouco mais de um ano e já chegou a inúmeros resultados. A noite ameniza a sensação térmica, então ele trabalha a luz da lua.
            Ele guarda tudo em seu armário, prepara um café, lança seus pokemon para comer algo antes que ele possa finalmente descansar. Slugma, Numel, Vulpix e Magby comem e se aconchegam em seus lugares na casa para dormir, ele se ajeita acariciando Vulpix que sempre se aproxima do sofá enquanto liga a televisão e vê uma reportagem sobre mais uma devastação na região de Unova, é a terceira este dia, duas cidades cobertas por neve e um grande tumulto, aviões não saem mais, população presa na cidade, equipe de resgate, uma confusão. Ele apenas boceja e vai para a cozinha para beber água quando algo o chama atenção, uma cidade de Johto chegou a cinquenta graus, isso seria impossível quando se trata de temperatura, nenhum lugar registrou tão grande além de... Hoenn!

                                                           *          *          *

            Uma bela moça chegou a sua loja e Kirlia a ajudou a guardar as coisas antes de abrirem. Ela tem vinte e dois anos, abriu seu próprio negocio de massagem pokemon em Celadon, os negócios sempre estão indo bem, apesar do cansaço, gostava de passear nos grandes parques antes de começar a trabalhar.
            Retornou sua Kirlia, liberou seu Arcanine, montou e correu por dentro da floresta atravessando arvores rapidamente.
            Depois de alguns minutos de passeio, ouviu-se um zumbido e depois um ruído que a fez estremecer.
            Ela parou e depois que o som parou, continuou seu passeio até se deparar com uma imagem que a chocou.
-O que é isso... – Ela desceu de seu Arcanine e acariciou sua nuca enquanto observava o campo aberto misteriosamente – Nunca vi isso na floresta, aqui ficavam muitas arvores e agora vejo isso, um campo aberto completamente vazio, como se as arvores tivessem sido absorvidas e sobrasse apenas a grana.
            Ela tocou o solo e sentiu o terreno muito quente, levou um pequeno choque e se afastou do lugar.
-Arcanine, junto! - O pokemon passou a acompanhar os passos que ela fazia.
            Ela ouviu um ruído e sua pernas travaram. Arcanine correu para dentro da floresta seguindo o ruído que ficava cada vez maior.
            O correção dela ficou na mão. Não conseguia se mexer, estava assustada.
            Arcanine deu um latido de dor e ela correu na floresta para ver o que tinha acontecido.
-Arcanine, onde você esta? Aqui Arcanine... - Ela parou de correr quando viu seu pokemon nocauteado no chão, respirando pouco, resolveu retornar e antes que pudesse voltar correndo a cidade para ir ao centro pokemon, agachou-se encontrando um pedaço de metal retorcido, cheirando a queimado.

                                                                       *          *          *

            Um jovem rapaz entregou alguns papeis na recepção, eles carimbaram, lhe entregaram um cartão e ele conseguiu passar na catraca e subir até o quarto andar. Cumprimentou algumas pessoas e se sentou diante de seu computador e começou a apurar os fatos segundo o que tinha conseguido de informação.
            Ele tem vinte anos, recém-empregado na rádio de Goldenrod. Uma de suas matérias em destaque são alguns mistérios que estão ocorrendo, marcas feitas em algumas cidades, mudanças de tempo, alguma coisa teve um desequilíbrio na natureza e ele estava buscando descobrir mais a finco.
            Após terminar a sua reportagem, encaminhou para a redatora geral e guardou finalmente o cartão que demorou dias para ser liberado, antes disso ele usava uma senha digitada na catraca.
            Desceu pelo elevador e seguiu rumo a casa em que ele tinha alugado, ainda tinha algumas caixas guardadas. Ele entrou rapidamente, liberou seu Espeon e seu Natu que começaram a ajudar ele a guardar as coisas em seus devidos lugares.
            O sol estava sumindo e ele ainda tinha sede de trabalho, de buscar mais informações, o mistério o deixava intrigado e fascinado.
            Após todas as caixas estarem já no lixo, Marcos resolveu sair à luz do dia para andar um- pouco e esperar bater o sono.
            Ele olhou para o céu e observou as estrelas, a noite estava limpa.
-Veja Espeon, esta cidade é maravilhosa... Claro, ficar dando voltas em baixo da cidade às vezes cansa, mas gosto disso.
            Espeon produziu um som de satisfação.
-Agora as coisas vão melhorar...
            Um estranho barulho ecoou... Um trovão!
-O que? - Marcos olhou para cima, nuvens pretas forravam o céu e começou uma imensa tempestade, ele teve que voltar para casa, correndo, tentando entender mais um mistério.

                                                            *          *          *
           
            Jeorge rodopiou o mastro, e o barco inclinou. A onda estava perto quando Sandra saiu da cabine tonta coçando a cabeça.
- O que foi isso, nossa... – Ela olhou o mar e viu a onde se aproximando com aqueles desenhos vermelhos submergidos – O QUE É ISSO SANTO ARCEUS!!!
- Wormadam! – Gritou Jeorge jogando seu Pokemon metal – Proteção!
            Não importava a força, a barreira travou o golpe e Jeorge acelerou indo direto a ilha de metal.
- Desçam todo, rápido! – Ele gritava enquanto as pessoas desciam rapidamente, assustadas, por terem acabado de acordar.
            A barreira enfraqueceu e a onda avançou. O Pokemon revelou a sua aparência. Eu já sabia que era Kyogre, mas para muito, pareceu uma extrema surpresa.
            A onda diminuiu e inacreditavelmente ele parou, ali, olhando aquelas pessoas completamente assustadas com a aparição mais que inesperada!
            Ele produziu um som e confesso que quase me mijei. Estava apavorado!
            Ele parecia querer algo e ninguém tinha coragem de se aproximar. Foi ai que outra coisa sinistra aconteceu, o cabeçudo do Paulo se aproximou devagar e o Pokemon parecia não se importar, quando de repente o Kyogre se erguei.
            Pedro pegou uma Ultra Ball e o Kyogre se virou para ele, abrindo a boca.
- ELE VAI USAR UM HYDRO PUMP! – Foi à única coisa que consegui pensar.
            Rapidamente um jato fortíssimo de água o atingiu lançando-o para o outro lado do pequeno porto da ilha. Ele começou a tossir e cuspir agua.
- Nos deixe em paz! – Gritou Sandra, tremula, com frio, segurando a própria cintura.
            O Pokemon se esgueirou e parecia indicar alguém na multidão.
            Uma bela moça, que mal tinha reparado, que nem estava no barco, parecia alguém que já estava na ilha se aproximou devagar, com o olhar desconfiado.
            Desta vez, Kyogre a reverenciou. Ela abriu um sorriso, saltou sobre o pokemon e eles desapareceram no oceano.
            Confesso, fiquei uns vinte minutos, parado, boquiaberto, estupefato, confuso, tonto, sem ação e reação.
            Em segundos, todo mundo falou ao mesmo tempo e comecei a ficar com dor de cabeça. Depois de alguns minutos, ouvi Pedro, ele estava na minha frente, me chacoalhando.
- Ei, cara, você esta bem?
            Sandra estava ao seu lado, me olhando, coberta com a blusa de Pedro.
- Eu não sei... Estou perdido!
- Estamos amigo... Estamos!
            A maré baixou depois de umas três horas. Retornamos ao barco de Jeorge que nos deixou na cidade, completamente suja de lama e areia. Algumas pessoas usavam seus Pokemon’s de agua que usavam jatos para limpar o lugar.
            Pedro pegou uma Great Ball e lançou.
- Gastrodon, impulso de água!
            O pokemon azul jogava água eliminando a sujeira, mas deixando leves marcas por onde passava.
- Isso não esta dando certo – Bufou Sandra.
            As pessoas limpavam como podiam a cidade enquanto a maré voltava ao lugar.
- Eu desconfio... – Dizia Pedro ofegante enquanto puxava a água restante – Que os lendários endoidaram.
- Aplausos, ele mereceu o Oscar.
- Pare de ironia Sandra, estou falando sério... Essa frescura de apocalipse não existe.
- Concordo com ele! – Me limitei a dizer – Até porque, eles estão aceitando ser capturados, vocês viram na ilha, Kyogre estava procurando alguém e lá estava ela, com medo, sem seguida, simplesmente foi, sem medo.
            Eles não disseram mais nada.
- Queria que fosse eu... – Pedro bufou.
- E o resto do mundo Pokemon também – Era nítido que Sandra já estava perdendo a paciência – Pare de lamentar, precisamos achar explicações.
- Não estou lamentando.
- Esta sim, eu que deveria, sou uma atriz limpando chão e não estou reclamando.
- Isso é uma reclamação...
            Ri baixinho.
- Seu tratante... – Ela notou e abriu um sorriso – Estou falando sério, temos que descobrir o porque eles estão sendo capturados.
- Tem apenas um jeito de descobrir isso – Era tão obvio como a água era incolor.
- Então diga, gênio! – Pedro resmungou.
- Achar alguém que capturou um lendário.
- Isso é fácil, conheço umas trinta, tenho todas na minha rede social, o Facepoke – Sandra atuou de uma forma tão ruim que senti que qualquer um poderia ser ator.
- Você tem FacePoke? Me adiciona! Ter uma atriz como amiga deve ser legal.
- Vou pensar no seu caso – Ela encarou Pedro trivialmente.
- Atenção, estamos fugindo do assunto – Eu bati palma.
- Isso é sério? – Sandra colocou a mão na cintura – Onde vamos achar alguém que pegou um lendário?
- Pense bem, vamos analisar – Eu parei e os encarei – Pedro, se você capturasse um lendário, o que faria?
            Ele pareceu se realizar com a pergunta.
- É claro que eu iria vencer todos os ginásios e arrebentar na liga.
            Sandra notou o que eu disse.
- Temos um Ginasio em Canavale... Oláaaaaaaaaa!
- Você é tudo de bom Igor – Ela me deu um beijo no rosto.
- Sabemos onde ir então – Pedro sorriu.
            Depois do tumulto, foi com Byron que fomos falar. Este sim era um líder de ginásio que aparecia para as pessoas. Ele passeava com seu Bastiodon com muito orgulho.
- Ei, você – Disse Pedro.
- Te conheço rapaz! – Ele disse sorridente.
- Te venci em uma luta de ginásio há uns dias.
- Ah, certo, me lembro!
            Pedro se gabou por alguns segundos.
- Gostaria de saber sobre...
- O Kyogre? Não sei muito na verdade.
- Não é bem isso – Odiei que ele me cortou – Quero saber se alguém o desafiou com um lendário recentemente.
- Não mesmo, mas... Ouvi dizer que a Skyla, líder do Ginasio de Unova enfrentou um garotinho com um Kyuren.
- Ai, coitada! – Sandra ficou horrorizada.
- Ainda estamos em círculos – Pedro lamentou.
- O que na verdade vocês querem saber?
- O que esta acontecendo.
- Pedro né? – Byron perguntou.
- Isso já esta pessoal, ninguém lembra meu nome...
- Todos querem saber o que está acontecendo, mas na verdade, talvez não tenha sentido nenhum, os lendários bons querem pessoas boas e os ruins, pessoas ruins... Pensem, porque um lendário iria querer ser capturado? – Silencio, nem pensei em nada – Porque outro também foi, enquanto uns querem o caos, outros estão tentando a harmonia.
- Isso faz sentido – Sandra ajeitou o cabelo.
- Entrar nessa sem um lendário é suicídio, deixem isso com os que eles escolheram, sem duvida não foi em vão e torcer para tudo se normalizar.
            A teoria dele tinha sentido, mas uma coisa estava errada. Eu jamais iria parar agora que comecei.
- Obrigado! – Agradeci e virei de costas.
            Meus colegas me seguiram.
- Onde vai Igor? Desistiu?
- Não mesmo, vou procurar alguém que encarou de frente o desafio.
- E onde é? – Sandra pareceu empolgada.

- Se querem vir comigo, segurem os cintos, vamos voar até Mistralton conhecer Skyla.

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