Mistralton
apaga as luzes, esta na hora de descansar, apenas se ouvia alguns vôos noturnos
que saiam até meia noite, depois deste horário, o aeroporto é fechado.
Ultimamente as cidades estão em alerta, algumas tempestades fora de controle e
nada esperado pelos meteorologistas, sendo assim, algumas pessoas resolveram se
precaver.
Uma
luz ainda brilha em uma das casas de Mistralton, bem leve, escondida por entre
uma pilha de livros e lá esta um garoto lendo sobre algumas espécies enquanto
seu Litwick se aproxima mais da página para que suas linhas fiquem legíveis.
-Obrigado!
- Diz o garoto acariciando seu pokemon – Vejamos aqui – Ele vira a folha – Aqui
diz que você é um pokemon fantasma e que sua fraqueza é seu próprio tipo, isso
não lhe parece fascinante?
O
pokemon olhava as páginas que mostrava alguns desenhos de uma Misdreavus e um
Bannete.
Um
ruído começou a soar atrás da porta, ele correu para ouvir, encostou-se próximo
silenciosamente e ouviu o barulho da televisão.
-Minha
mãe esta vendo a liga pokemon – Ele sussurra enquanto Litwick se aproxima para
ouvir também – É a luta do meu irmão, eu posso ouvir o som de seu Dragonite...
- O garoto bufa indignado – Ela tem mais orgulho dele do que de mim...
Litwick tenta consolá-lo ao ver que
ele esta para chorar, resolve se ajeitar e deitar na cama, Litwick se aproxima
de sua pokebola na cabeceira.
-Não,
pode dormir ai hoje... Não me deixe sozinho! – Ele acaricia seu pokemon e
descansa enquanto Litwick apaga sua luz.
Um
vento forte abriu a janela, um sopro gelado que faz o garoto se cobrir, mas o
vento insiste e ele se levanta para fechar a janela. Litwick acorda e se
aproxima da também, o garoto observa ao longe, nenhuma folha mexe, o vento vem
direto em seu rosto, ele se enrola no cobertor, Litwick sobre em seu ombro e
ele pula a janela seguindo o vento que não leva a lugar algum.
Ele
rodopia até dar de frente com um olhar sombrio na sua frente.
-Afaste-se
– Ele pula para trás e Litwick, mesmo com medo, se prepara para lutar –
Litwick, use o...
O
vento novamente, o pokemon era imenso, o pequeno Litwick não teria chance, mas
ele não queria lutar, ele tentava se aproximar, mas ao ver que o menino se
assustava ele recuava, parecia gostar do garoto ter medo e persistir em estar
ali, sentia a coragem dele de saber que não pode vencer e mesmo assim estar
ali.
-Meu...
Meu nome é Adrian e você quem é?
O
imenso pokemon parecia estar esperando algo, Adrian deixou ele se aproximar e
dar uma baforada gelada em seu rosto, ele parecia indicar algo.
-A
minha pokebola? O que quer? Que eu capture você é isso?
O
pokemon pareceu concordar com a conclusão.
-Eu
não sou bom em nada, procure meu irmão... - O garoto bufou, sentindo-se
humilhado.
O
pokemon levantou sua pata mostrando um corte leve.
O
pequeno garoto se aproximou e tirou uma farpa, pelo porte do pokemon, aquilo
nem devia incomodar tanto.
-Pronto,
era só um ferimento leve, como se fosse uma pequena agulha, pode ir... - O
pokemon baforou, ele não queria ir – Quer mesmo que eu o capture?
O
pokemon concordou novamente. Parecia que não tinha muito o que fazer, ele
confiante pegou sua pokebola e lançou, a imensidão que se introduzia na
pokebola era de assustar, a pokebola mexeu uma, duas, três vezes e apitou.
Adrian ainda não acreditava que tinha pego um pokemon tão grande, assim tão
fácil, e esta ali, nas mãos dele e de manhã ele iria finalmente saber o que
fazer com ele.
* * *
Um
homem ajeitava as pranchetas com a pesquisa feita nas ruas de Cinnabar, as
pessoas eram bem receptivas, devido aos turistas que normalmente frequentavam a
ilha, não só pelo ginásio, mas pelas festividades e é claro, o passeio de barco
que é proporcionado. Ele ajeitava tudo após uma noite exaustiva e se dirige
para a sua casa, sobe um caminho de escadas e antes de chegar ao topo, entra
por outro que chega em sua casa com uma bela vista para praia, abriu a porta e
foi a cozinha.
Não
faz muito tempo que completou vinte e sete anos, ele se especializou em tipo fogo,
por isso conseguiu trabalhar na ilha cinnabar, o estudo dos vulções ajuda
bastante em relação à temperatura e como os pokemon se adaptam. Ele esta nesta
pesquisa há um pouco mais de um ano e já chegou a inúmeros resultados. A noite
ameniza a sensação térmica, então ele trabalha a luz da lua.
Ele
guarda tudo em seu armário, prepara um café, lança seus pokemon para comer algo
antes que ele possa finalmente descansar. Slugma, Numel, Vulpix e Magby comem e
se aconchegam em seus lugares na casa para dormir, ele se ajeita acariciando Vulpix
que sempre se aproxima do sofá enquanto liga a televisão e vê uma reportagem
sobre mais uma devastação na região de Unova, é a terceira este dia, duas
cidades cobertas por neve e um grande tumulto, aviões não saem mais, população
presa na cidade, equipe de resgate, uma confusão. Ele apenas boceja e vai para
a cozinha para beber água quando algo o chama atenção, uma cidade de Johto
chegou a cinquenta graus, isso seria impossível quando se trata de temperatura,
nenhum lugar registrou tão grande além de... Hoenn!
* * *
Uma
bela moça chegou a sua loja e Kirlia a ajudou a guardar as coisas antes de abrirem.
Ela tem vinte e dois anos, abriu seu próprio negocio de massagem pokemon em
Celadon, os negócios sempre estão indo bem, apesar do cansaço, gostava de
passear nos grandes parques antes de começar a trabalhar.
Retornou
sua Kirlia, liberou seu Arcanine, montou e correu por dentro da floresta
atravessando arvores rapidamente.
Depois
de alguns minutos de passeio, ouviu-se um zumbido e depois um ruído que a fez
estremecer.
Ela
parou e depois que o som parou, continuou seu passeio até se deparar com uma
imagem que a chocou.
-O
que é isso... – Ela desceu de seu Arcanine e acariciou sua nuca enquanto
observava o campo aberto misteriosamente – Nunca vi isso na floresta, aqui
ficavam muitas arvores e agora vejo isso, um campo aberto completamente vazio,
como se as arvores tivessem sido absorvidas e sobrasse apenas a grana.
Ela
tocou o solo e sentiu o terreno muito quente, levou um pequeno choque e se
afastou do lugar.
-Arcanine,
junto! - O pokemon passou a acompanhar os passos que ela fazia.
Ela
ouviu um ruído e sua pernas travaram. Arcanine correu para dentro da floresta
seguindo o ruído que ficava cada vez maior.
O
correção dela ficou na mão. Não conseguia se mexer, estava assustada.
Arcanine
deu um latido de dor e ela correu na floresta para ver o que tinha acontecido.
-Arcanine,
onde você esta? Aqui Arcanine... - Ela parou de correr quando viu seu pokemon
nocauteado no chão, respirando pouco, resolveu retornar e antes que pudesse
voltar correndo a cidade para ir ao centro pokemon, agachou-se encontrando um
pedaço de metal retorcido, cheirando a queimado.
* * *
Um
jovem rapaz entregou alguns papeis na recepção, eles carimbaram, lhe entregaram
um cartão e ele conseguiu passar na catraca e subir até o quarto andar.
Cumprimentou algumas pessoas e se sentou diante de seu computador e começou a
apurar os fatos segundo o que tinha conseguido de informação.
Ele
tem vinte anos, recém-empregado na rádio de Goldenrod. Uma de suas matérias em
destaque são alguns mistérios que estão ocorrendo, marcas feitas em algumas
cidades, mudanças de tempo, alguma coisa teve um desequilíbrio na natureza e
ele estava buscando descobrir mais a finco.
Após
terminar a sua reportagem, encaminhou para a redatora geral e guardou
finalmente o cartão que demorou dias para ser liberado, antes disso ele usava
uma senha digitada na catraca.
Desceu
pelo elevador e seguiu rumo a casa em que ele tinha alugado, ainda tinha
algumas caixas guardadas. Ele entrou rapidamente, liberou seu Espeon e seu Natu
que começaram a ajudar ele a guardar as coisas em seus devidos lugares.
O
sol estava sumindo e ele ainda tinha sede de trabalho, de buscar mais
informações, o mistério o deixava intrigado e fascinado.
Após
todas as caixas estarem já no lixo, Marcos resolveu sair à luz do dia para
andar um- pouco e esperar bater o sono.
Ele
olhou para o céu e observou as estrelas, a noite estava limpa.
-Veja
Espeon, esta cidade é maravilhosa... Claro, ficar dando voltas em baixo da
cidade às vezes cansa, mas gosto disso.
Espeon
produziu um som de satisfação.
-Agora
as coisas vão melhorar...
Um
estranho barulho ecoou... Um trovão!
-O
que? - Marcos olhou para cima, nuvens pretas forravam o céu e começou uma
imensa tempestade, ele teve que voltar para casa, correndo, tentando entender
mais um mistério.
* * *
Jeorge
rodopiou o mastro, e o barco inclinou. A onda estava perto quando Sandra saiu
da cabine tonta coçando a cabeça.
- O que foi isso, nossa... – Ela olhou
o mar e viu a onde se aproximando com aqueles desenhos vermelhos submergidos –
O QUE É ISSO SANTO ARCEUS!!!
- Wormadam! – Gritou Jeorge jogando
seu Pokemon metal – Proteção!
Não
importava a força, a barreira travou o golpe e Jeorge acelerou indo direto a
ilha de metal.
- Desçam todo, rápido! – Ele gritava
enquanto as pessoas desciam rapidamente, assustadas, por terem acabado de
acordar.
A
barreira enfraqueceu e a onda avançou. O Pokemon revelou a sua aparência. Eu já
sabia que era Kyogre, mas para muito, pareceu uma extrema surpresa.
A onda diminuiu e
inacreditavelmente ele parou, ali, olhando aquelas pessoas completamente
assustadas com a aparição mais que inesperada!
Ele
produziu um som e confesso que quase me mijei. Estava apavorado!
Ele
parecia querer algo e ninguém tinha coragem de se aproximar. Foi ai que outra
coisa sinistra aconteceu, o cabeçudo do Paulo se aproximou devagar e o Pokemon
parecia não se importar, quando de repente o Kyogre se erguei.
Pedro
pegou uma Ultra Ball e o Kyogre se virou para ele, abrindo a boca.
- ELE VAI USAR UM HYDRO PUMP! – Foi à
única coisa que consegui pensar.
Rapidamente
um jato fortíssimo de água o atingiu lançando-o para o outro lado do pequeno
porto da ilha. Ele começou a tossir e cuspir agua.
- Nos deixe em paz! – Gritou Sandra,
tremula, com frio, segurando a própria cintura.
O
Pokemon se esgueirou e parecia indicar alguém na multidão.
Uma
bela moça, que mal tinha reparado, que nem estava no barco, parecia alguém que
já estava na ilha se aproximou devagar, com o olhar desconfiado.
Desta
vez, Kyogre a reverenciou. Ela abriu um sorriso, saltou sobre o pokemon e eles
desapareceram no oceano.
Confesso,
fiquei uns vinte minutos, parado, boquiaberto, estupefato, confuso, tonto, sem
ação e reação.
Em
segundos, todo mundo falou ao mesmo tempo e comecei a ficar com dor de cabeça.
Depois de alguns minutos, ouvi Pedro, ele estava na minha frente, me
chacoalhando.
- Ei, cara, você esta bem?
Sandra
estava ao seu lado, me olhando, coberta com a blusa de Pedro.
- Eu não sei... Estou perdido!
- Estamos amigo... Estamos!
A
maré baixou depois de umas três horas. Retornamos ao barco de Jeorge que nos
deixou na cidade, completamente suja de lama e areia. Algumas pessoas usavam
seus Pokemon’s de agua que usavam jatos para limpar o lugar.
Pedro
pegou uma Great Ball e lançou.
- Gastrodon, impulso de água!
O
pokemon azul jogava água eliminando a sujeira, mas deixando leves marcas por
onde passava.
- Isso não esta dando certo – Bufou
Sandra.
As
pessoas limpavam como podiam a cidade enquanto a maré voltava ao lugar.
- Eu desconfio... – Dizia Pedro
ofegante enquanto puxava a água restante – Que os lendários endoidaram.
- Aplausos, ele mereceu o Oscar.
- Pare de ironia Sandra, estou falando
sério... Essa frescura de apocalipse não existe.
- Concordo com ele! – Me limitei a
dizer – Até porque, eles estão aceitando ser capturados, vocês viram na ilha, Kyogre
estava procurando alguém e lá estava ela, com medo, sem seguida, simplesmente
foi, sem medo.
Eles
não disseram mais nada.
- Queria que fosse eu... – Pedro
bufou.
- E o resto do mundo Pokemon também –
Era nítido que Sandra já estava perdendo a paciência – Pare de lamentar,
precisamos achar explicações.
- Não estou lamentando.
- Esta sim, eu que deveria, sou uma
atriz limpando chão e não estou reclamando.
- Isso é uma reclamação...
Ri
baixinho.
- Seu tratante... – Ela notou e abriu
um sorriso – Estou falando sério, temos que descobrir o porque eles estão sendo
capturados.
- Tem apenas um jeito de descobrir
isso – Era tão obvio como a água era incolor.
- Então diga, gênio! – Pedro
resmungou.
- Achar alguém que capturou um
lendário.
- Isso é fácil, conheço umas trinta,
tenho todas na minha rede social, o Facepoke – Sandra atuou de uma forma tão
ruim que senti que qualquer um poderia ser ator.
- Você tem FacePoke? Me adiciona! Ter
uma atriz como amiga deve ser legal.
- Vou pensar no seu caso – Ela encarou
Pedro trivialmente.
- Atenção, estamos fugindo do assunto
– Eu bati palma.
- Isso é sério? – Sandra colocou a mão
na cintura – Onde vamos achar alguém que pegou um lendário?
- Pense bem, vamos analisar – Eu parei
e os encarei – Pedro, se você capturasse um lendário, o que faria?
Ele
pareceu se realizar com a pergunta.
- É claro que eu iria vencer todos os
ginásios e arrebentar na liga.
Sandra
notou o que eu disse.
- Temos um Ginasio em Canavale...
Oláaaaaaaaaa!
- Você é tudo de bom Igor – Ela me deu
um beijo no rosto.
- Sabemos onde ir então – Pedro
sorriu.
Depois
do tumulto, foi com Byron que fomos falar. Este sim era um líder de ginásio que
aparecia para as pessoas. Ele passeava com seu Bastiodon com muito orgulho.
- Ei, você – Disse Pedro.
- Te conheço rapaz! – Ele disse
sorridente.
- Te venci em uma luta de ginásio há
uns dias.
- Ah, certo, me lembro!
Pedro
se gabou por alguns segundos.
- Gostaria de saber sobre...
- O Kyogre? Não sei muito na verdade.
- Não é bem isso – Odiei que ele me
cortou – Quero saber se alguém o desafiou com um lendário recentemente.
- Não mesmo, mas... Ouvi dizer que a
Skyla, líder do Ginasio de Unova enfrentou um garotinho com um Kyuren.
- Ai, coitada! – Sandra ficou
horrorizada.
- Ainda estamos em círculos – Pedro
lamentou.
- O que na verdade vocês querem saber?
- O que esta acontecendo.
- Pedro né? – Byron perguntou.
- Isso já esta pessoal, ninguém lembra
meu nome...
- Todos querem saber o que está
acontecendo, mas na verdade, talvez não tenha sentido nenhum, os lendários bons
querem pessoas boas e os ruins, pessoas ruins... Pensem, porque um lendário
iria querer ser capturado? – Silencio, nem pensei em nada – Porque outro também
foi, enquanto uns querem o caos, outros estão tentando a harmonia.
- Isso faz sentido – Sandra ajeitou o
cabelo.
- Entrar nessa sem um lendário é
suicídio, deixem isso com os que eles escolheram, sem duvida não foi em vão e
torcer para tudo se normalizar.
A
teoria dele tinha sentido, mas uma coisa estava errada. Eu jamais iria parar
agora que comecei.
- Obrigado! – Agradeci e virei de
costas.
Meus
colegas me seguiram.
- Onde vai Igor? Desistiu?
- Não mesmo, vou procurar alguém que
encarou de frente o desafio.
- E onde é? – Sandra pareceu
empolgada.
- Se querem vir comigo, segurem os
cintos, vamos voar até Mistralton conhecer Skyla.
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